Del “Fuera Valencius” al “Fuera Quirino”: la restauración conservadora en la Política Nacional de Salud Mental de Brasil (2015-2018)

Contenido principal del artículo

Felipe Sales Magaldi

Resumen

Se propone un estudio sobre la restauración conservadora en la Política Nacional de Salud Mental (PNSM) de Brasil en el período que comprende los años de 2015 y 2018. El nombramiento de profesionales comprometidos con perspectivas manicomiales en las instancias ministeriales y el redireccionamiento económico para la gestión hospitalocéntrica son tomados como telón de fondo de la construcción de una controversia pública que involucra distintas asociaciones profesionales y movimientos sociales del área de salud mental. A través del análisis de notas públicas y de documentos programáticos federales, se busca comprender cómo los sentidos del tiempo (en términos como "avance" y "retroceso") y de la verdad (en términos como "ciencia" e "ideología") son disputados a través de discursos acusatorios, tensando la oposición entre perspectivas conservadoras y progresistas. Como resultado, se apunta a una contienda desigual, en la que los principios de la Reforma Psiquiátrica brasileña – jurídicamente establecidos desde 2001 – se ven amenazados en la ausencia del apoyo de las organizaciones médicas, en la desconsideración de la voz de la sociedad civil y en la presencia de una configuración presidencial ilegítima.

Detalles del artículo

Cómo citar
Magaldi, F. S. (2018). Del “Fuera Valencius” al “Fuera Quirino”: la restauración conservadora en la Política Nacional de Salud Mental de Brasil (2015-2018). RevIISE - Revista De Ciencias Sociales Y Humanas, 12(12), 91-101. Recuperado a partir de https://ojs.unsj.edu.ar/index.php/reviise/article/view/270
Sección
Dossier
Biografía del autor/a

Felipe Sales Magaldi, Instituto de Antropología de Córdoba - IDACOR/CONICET

Doctor en Antropología Social (Museo Nacional/Universidad Federal de Río de Janeiro)

Post-doctorando (IDACOR/CONICET)

Citas

Referencias bibliográficas
AMARANTE, P.D. (1995). Loucos pela vida – a trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz
AUTOR. A Unidade das Coisas: Nise da Silveira e a genealogia de uma psiquiatria rebelde no Rio de Janeiro, Brasil. Tese (Doutorado em Antropologia Social), Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro.
BOLTANSKI, L; THEVENOT, L. (1991). De la justification: les économies de la grandeur. Paris: Gallimard
CASTRO, R; ENGEL, C; MARTINS, R. (2018). “Introdução: Crise por quê? Crise pra quem?” In: (Orgs). Antropologias, saúde e contextos de crise. Brasília: Editora sobrescrita, 2018
DELGADO, P. (2011). “Democracia e reforma psiquiátrica no Brasil”. Ciências & Saúde coletiva, Rio de Janeiro, v.16, n.12.
FLEISCHER, S. (2018). “Apresentação”. In: CASTRO, R; ENGEL, C. e MARTINS, R. (Orgs). Antropologias, saúde e contextos de crise. Brasília: Editora sobrescrita
GULJOR, A. (2012). O fechamento do hospital psiquiátrico e o processo de desinstitucionalização no município de Paracambi: um estudo de caso. Tese (Doutorado em Saúde Pública), Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Rio de Janeiro.
MALUF, S. (2018). “Antropologias e políticas em tempos de crise: saudades do futuro”. CASTRO, R; ENGEL, C. e MARTINS, R. (Orgs). Antropologias, saúde e contextos de crise. Brasília: Editora sobrescrita
PEIRANO, M. (2006). “De que serve um documento?”. In: Palmeira, M. e Barreira, C. (orgs). Política no Brasil: visões de antropólogos. Rio de Janeiro: NuAP/Relume Dumará, pp. 25-50.
PINHEIRO-MACHADO, R. (2016). "Luzes antropológicas ao obscurantismo: uma agenda de pesquisa sobre o “Brasil profundo” em tempos de crise". R@U – Revista de @ntropologia da UFSCar, v. 8, n. 2, p. 21-28
SOUZA LIMA, A. C. (2003). “Introdução: Sobre gestar e gerir a desigualdade: pontos de investigação e diálogo”. In SOUZA LIMA, Antonio C. de (ed.):
Gestar e Gerir: Estudos para uma antropologia da administração pública, Rio de Janeiro: Nuap/ Relume-Dumará, pp.11-22
SOUZA LIMA, A.C. & CASTRO, J.P.M (2015). “Notas para uma Abordagem Antropológica da(s) Política(s) Pública(s)”. revista ANTHROPOLÓGICAS, Ano 19, 26(2):17-54.
TENÓRIO, F. (2002). “A Reforma Psiquiátrica Brasileira, da Década de 1980 aos Dias Atuais: História e Conceitos”. In: História, Ciências, Saúde-Manguinhos (Impresso), v. 9, p. 25-59

Fuentes documentales
ABP – Associação Brasileira de Psiquiatria (2017). Nomeação do novo Coordenador-Geral de Saúde Mental do Ministério da Saúde é celebrada pela ABP. Recuperado de: http://www.abp.org.br/portal/nomeacao-do-novo-coordenador-geral-de-saude-mental-do-ministerio-da-saude-e-celebrada-pela-abp/newsquirino
ABP – Associação Brasileira de Psiquiatria et al (2015). Nota de esclarecimento da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Recuperado de: http://www.revistahcsm.coc.fiocruz.br/associacao-brasileira-de-psiquiatria-discorda-de-protestos-a-nomeacao-de-valencius-wurch-a-coordenacao-de-saude-mental/
ABRASCO – Associação Brasileira de Saúde Coletiva. (2017a). Nota em defesa da Reforma Psiquiátrica e de uma política de Saúde Mental digna e contemporânea. Recuperado de: https://www.abrasco.org.br/site/outras-noticias/institucional/nota-em-defesa-da-reforma-psiquiatrica-e-de-uma-politica-de-saude-mental-digna-e-contemporanea/30550/
_____ (2017b). Nota Abrasco contra os retrocessos da CGMAD/MS frente à política brasileira de Saúde Mental. Recuperado de: https://www.abrasco.org.br/site/outras-noticias/notas-oficiais-abrasco/retrocessos-saude-mental-governo-temer/32436/

ABRASCO – Associação Brasileira de Saúde Coletiva et al. (2015). Nota Pública contra a nomeação de Valencius Wurch Duarte Filho para a CGMAD/MS. Disponível em: https://www.abrasco.org.br/site/outras-noticias/institucional/nota-publica-cgmadms/15248/
CDHM – Comissão de Direitos Humanos e Minorias. (2018). Democracia e saúde mental andam juntas, afirmam usuários e especialistas. Brasília: Câmara dos Deputados. Recuperado de: http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/cdhm/noticias/democracia-e-saude-mental-andam-juntas-afirmam-usuarios-e-especialistas
CFM – Conselho Federal de Medicina. (2017). NOTA EM APOIO A NOVA POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL. Recuperado de: http://portal.cfm.org.br/images/PDF/notasaudemental1512.pdf
CNS – Conselho Nacional de Saúde. (2018). RECOMENDAÇÃO Nº 001, DE 31 DE JANEIRO DE 2018. Recuperado de: http://conselho.saude.gov.br/recomendacoes/2018/Reco001.pdf
FOLHA DE SÃO PAULO (2016). Em diálogos gravados, Jucá fala em pacto para deter avanço da Lava Jato. São Paulo: 23/05/2016. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/05/1774018-em-dialogos-gravados-juca-fala-em-pacto-para-deter-avanco-da-lava-jato.shtml Acesso em 05/06/2018
MNLA – Movimento Nacional da Luta Antimanicomial et al. (2016). Nota de Resistência da Luta Antimanicomial Brasileira. Disponível em: https://www.abrasco.org.br/site/outras-noticias/institucional/nota-de-resistencia-da-luta-antimanicomial-brasileira/17242/ Acesso em 05/06/2018
JORNAL DO BRASIL. (1995) “Médico critica lei que extingue manicômios”, 07/06/1995
MINISTÉRIO DA SAÚDE. (2017) PORTARIA Nº 3.588, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2017. Brasília: Ministério da Saúde. Disponível em: http://www.brasilsus.com.br/images/portarias/dezembro2017/dia22/portaria3588.pdf Acesso em 05/06/2018